A ansiedade é o transtorno psiquiátrico mais comum no mundo. Em 2019, a OMS contabilizava mais de 264 milhões de pessoas com este transtorno, mas após a pandemia de COVID que afetou todo o planeta a partir de 2020, esse número ficou ainda maior.
A ansiedade generalizada provoca distúrbios do sono, dores musculares, enxaquecas, problemas digestivos como úlceras ou síndrome do intestino irritável, afeta a capacidade de concentração e a sociabilidade e dificulta uma vida normal.
Além disso, o stress e a ansiedade estão associados a uma maior propensão para a hipertensão, doenças cardíacas e outras doenças ligadas à velhice. Como podemos ver, a saúde mental tem reflexo direto na saúde física e para cuidar de uma devemos levar em consideração a outra.
É sabido que existe uma estreita relação entre o estômago e as emoções. Quando estamos tristes, inquietos ou entediados, o corpo pede uma compensação, procura uma dose de emoção positiva que advém dos alimentos.
Por isso, desejamos doces, alimentos gordurosos e ultraprocessados capazes de elevar a insulina em segundos e nos dar prazer imediato. O problema é que, assim que o pico de insulina sobe, está também cai e cai ainda mais.
É por isso que, depois dessa satisfação inicial, acabamos por nos sentir mal. Isto é o que designamos por alimentação emocional.
Não só não nos conseguimos recuperar emocionalmente, como também comprometemos a saúde do organismo com alimentos muito pobres em nutrientes e muito calóricos, farinhas refinadas e gorduras ruins.
Se queremos ser saudáveis da cabeça aos pés, uma alimentação equilibrada será a chave do sucesso.
Existem certos alimentos que têm um efeito direto no cérebro e nos processos que lá ocorrem.
Alguns estimulam a produção de serotonina e dopamina no cérebro, os neurotransmissores que ativam a sensação de calma e bem-estar, no primeiro caso, e motivação e prazer, no segundo. No caso desse distúrbio específico, existem dois nutrientes que nos podem ajudar imenso: o magnésio e as fibras.
O magnésio regula o sistema nervoso e otimiza o metabolismo energético, ou seja, relaxa-nos e ajuda-nos a estar menos cansados porque nos ajuda a gerir a nossa energia.
Por sua vez, a fibra ajuda a sentir saciedade e acalma aquela fome emocional que provoca momentos de stress e ansiedade. Tendo em conta ambos os nutrientes, aqui estão 10 alimentos que recomendamos para controlar a ansiedade:
São ricas em magnésio e fibras e também contêm triptofano, que é o aminoácido do qual é feita a serotonina, o neurotransmissor que nos acalma e nos faz sentir bem.
Possuem muita vitamina B e estimulam a produção de serotonina e também de dopamina, esta última diretamente associada à sensação de prazer.
espinafre, alface, acelga, rúcula, couve,... todos estes vegetais têm um efeito relaxante no cérebro. Por outro lado, também protegem o sistema imunológico, muitas vezes comprometido com transtornos de ansiedade.
sardinha, anchova, salmão,... são muito ricos em ácidos gordos ómega 3 e são essenciais para a saúde do sistema nervoso.
Nozes, amêndoas, castanha de caju, pistácios,... são alimentos muito completos e saudáveis que costumamos recomendar em todas as nossas listas. Graças ao seu alto teor de selênio, triptofano e ácidos gordos ômega 3, também são úteis para controlar a ansiedade.
Aveia, quinoa, arroz integral... contêm os dois nutrientes essenciais para manter a ansiedade sob controle, magnésio e fibras.
Morangos, framboesas, mirtilos, amoras,... repletos de antioxidantes de alta qualidade que protegem o sistema nervoso.
Estes contêm triptofano, tiroxina, magnésio, ferro, potássio e ômega 3, uma combinação vencedora para acabar com a ansiedade.
É um dos alimentos com maior teor de magnésio, 592 miligramas por 100 gramas.
São uma fonte de fibra muito mais leve do que outras leguminosas e ricas em nutrientes benéficos para a nossa saúde.
Aconselhamos vivamente para que mude sua compulsão alimentar quando estiver stressado com qualquer um destes alimentos, qual é o seu preferido?
*Publicado originalmente no site naturhouse.es