O que sabe sobre autocontrole emocional? Neste artigo vai descobrir 5 técnicas de autocontrole emocional para utilizar no seu dia a dia.
As emoções são as respostas do cérebro aos estímulos do ambiente exterior. Graças a elas, o ser humano conseguiu-se adaptar às mudanças ao seu redor, reagir ao perigo, interagir com outros seres e, em suma, evoluir para aquilo que somos hoje.
Mas há momentos em que as emoções jogam contra nós e nos colocam em situações indesejadas ou nos dão desconforto. Aprender a lidar com elas é uma questão de autoconhecimento e treino.
As emoções provocam reações no organismo: o medo e a raiva geram adrenalina e colocam-nos em estado de alerta, a surpresa muda as nossas expressões faciais, o nojo deixa-nos enjoados, a tristeza faz-nos chorar e a alegria relaxa-nos.
Todas estas reações têm uma utilidade, portanto não há emoções intrinsecamente negativas. O problema surge quando não conseguimos nivelar a intensidade destas reações e, ao invés de nos ajudar, as emoções podem-nos trazer problemas.
Quando o medo acelera a nossa pulsação, podemos reagir mais rapidamente a um perigo, como um carro que pulou para a faixa de peões, por exemplo. Mas se essa reação de ansiedade for ativada sem um estímulo externo ou como resultado de um estímulo muito pequeno, como simplesmente ver um carro, começaremos a ter um problema.
Portanto, conhecer as nossas emoções e saber geri-las é muito importante para o nosso bem-estar, tanto mental quanto físico.
As emoções que tendem a provocar mais problemas são a raiva e o medo, de onde surge a ansiedade. Aqui estão algumas das técnicas mais simples e eficazes para as controlar.
Se pratica ioga, este método de relaxamento ser-lhe-á familiar. Na respiração diafragmática colocaremos uma mão no peito e a outra no abdómen. Então vamos inspirar profundamente pelo nariz, tentando encher o abdômen mas de modo que a mão que está no peito não suba.
Manteremos o ar no intestino por alguns segundos e depois o expeliremos lentamente pela boca. Este tipo de respiração favorece o controle do sistema parassimpático e a queda da frequência cardíaca, por isso será muito útil praticá-la e tentar automatizá-la para pessoas que sofrem de ansiedade.
Existe também um tipo de respiração especialmente indicado para pessoas que sofrem ataques de raiva e que consiste em focar-se na expiração, já que essa ação serve para liberar pressão e energia. Neste caso, inalamos normalmente, mas exalamos com força, alongando ao máximo a ação.
Também é uma técnica muito comum e fácil de praticar por conta própria, para a qual pode encontrar um grande número de tutoriais em vídeo na Internet. Neste caso, a respiração é combinada com um exercício de tensão e relaxamento muscular.
Em primeiro lugar, ficaremos com os olhos fechados numa posição confortável, seja sentado ou deitado. Enquanto respiramos regularmente, contraímos e relaxamos os diferentes grupos musculares desde as extremidades até o centro do corpo.
Para cada segundo que mantemos um músculo tenso, devemos deixá-lo relaxar mais três, por exemplo, 3 segundos de tensão e 9 de relaxamento, ou 10 de tensão e 30 de relaxamento.
É um bom exercício para fazer antes de dormir, pois ajuda a nos livrar do stress e da tensão acumulada ao longo do dia.
A meditação não nos ajuda apenas a relaxar, mas também a controlar os pensamentos que correm soltos em nossas cabeças e a nos concentrar. Também demonstrou aumentar a capacidade intelectual e retardar os efeitos do envelhecimento na capacidade cognitiva.
Para começar a praticá-la, é recomendável recorrer a alguém experiente que sirva de guia para esta atividade. Se não tem tempo para ir a um centro de meditação, existem aplicativos e cursos online que lhe irão ajudar a iniciar-se nesta técnica.
É uma técnica básica da terapia cognitivo-comportamental que procura identificar e corrigir padrões de pensamento negativo. Ou seja, o tomar consciência de que nos causa desconforto não corresponde à realidade, mas sim à interpretação que fazemos dela e nos obriga a introduzir outras interpretações que nos façam sentir melhor até que estas se tornem numa resposta automática.
Por exemplo, quando um dia o seu chefe não fala muito e tende a pensar que é porque fez algo de errado e isso lhe provoca ansiedade. Se, ao contrário, considerar que o seu chefe tem muito trabalho naquele dia e está concentrado, o silêncio dele não lhe irá provocar qualquer incómodo.
Claro que é uma técnica, faz parte de uma terapia que requer tempo e apoio psicológico qualificado, mas os resultados valem a pena.
Se sentir desconforto em relação à sua gestão emocional de modo que esta lhe dificulte o seu dia-a-dia, recomendamos que recorra a um especialista que o poderá aconselhar sobre a melhor forma de o ultrapassar esta situação.
*Publicado originalmente no site naturhouse.es