As algas são organismos aquáticos que crescem em lagos, rios e mares. Embora sejam conhecidas como plantas marinhas porque também possuem clorofila e fotossintetizam, na verdade não pertencem ao reino vegetal, mas ao reino protista.
Existem muitos tipos diferentes de algas marinhas, muitas das quais podem ser ingeridas, como a nori, alga marinha, wakame, kombu, spirulina ou chlorella.
As algas marinhas são superalimentos porque contêm uma alta concentração de nutrientes na sua composição. São especialmente ricas em minerais, fibras e antioxidantes e são muito baixas em calorias. O seu alto teor de iodo torna-as num ótimo substituto para o marisco em dietas vegetarianas ou para pessoas com alergias.
A alga marinha é um alimento com pouquíssima gordura que também é capaz de reduzir até 18% o colesterol ruim (LDL). Responsáveis por essa função são as fibras solúveis, que podem representar até 64% do peso seco total das algas.
É também graças à fibra que devemos agradecer as propriedades reguladoras do trânsito digestivo e intestinal das algas. Aumentam a flora intestinal, melhoram a digestão e protegem as membranas mucosas do aparelho digestivo. Tudo isso serve para prevenir doenças intestinais e do cólon.
Existem dois fatores que fazem da alga a nossa grande aliada nas dietas de emagrecimento: a sua capacidade saciante (outra vantagem de seu alto teor de fibras) e a sua reduzida carga calórica.
A deficiência de iodo é a causa do hipotiroidismo, doença que afeta as glândulas tiroides, responsáveis por administrar a nossa energia e o nosso sistema imunológico, criar proteínas e reparar nossas células, entre outras funções vitais. As algas marinhas, especialmente as variedades kombu, wakame e nori, são muito ricas em iodo e, portanto, ajudam na saúde da tiroide.
As algas marinhas contêm dez vezes mais cálcio do que o leite, assim como outros minerais como o magnésio e o fósforo que também contribuem para a robustez do nosso sistema ósseo. Por isso, seu consumo é especialmente indicado em mulheres que já atingiram a menopausa, pois ajudam a prevenir a osteoporose.
A água do mar contida nas algas purifica e alcaliniza nosso sangue e limpa nosso sistema linfático. Alguns de seus componentes possuem propriedades quelantes, ou seja, são capazes de ligar metais pesados e toxinas para que nosso corpo os expulse. Um desses componentes, o alginato ácido, pode até remover material radioativo de nossos corpos.
Temos muito a aprender com a culinária asiática que as utiliza regularmente nas suas receitas há séculos.
Podemos encontrá-las secas em ervanárias e lojas especializadas e, cada vez mais, em grandes supermercados. Para consumi-las, basta misturá-las com água e esperar que se hidratem. É importante ter em conta que quando hidratadas aumentam muito de tamanho, pelo que uma quantidade de 4 ou 5 gramas será suficiente para encher um prato.
Podemos tentar fazer receitas japonesas que as incluam, como sopa de missô, salada wakame ou sushi. Também podemos adicioná-las a receitas ocidentais, como por exemplo os nossos pratos de leguminosas, ensopados, sopas e cremes vegetais.
Uma pequena quantidade servirá para realçar o sabor destes pratos, dar cremosidade à sua textura e aproveitar os seus nutrientes. Lembre-se de que terá que reduzir a quantidade de sal nestas preparações, pois as algas irão tornar os alimentos muito salgados.
Também podemos encontrar algumas variedades de algas em pó, como a spirulina e a chlorella, um formato muito interessante para fazer sumos e batidos. Mais uma vez, recomendamos que tenha muito cuidado com as quantidades, pois adicionam muito sabor.
E então? Atreve-se a introduzir algas na sua dieta?
*Publicado originalmente no site naturhouse.es