03 Mar
Mindfoodness. O que é a alimentação consciente?

O que significa o termo mindfoodness?

Esta palavra anglo-saxônica refere-se à ciência ou capacidade de estarmos atentos a tudo o que comemos, ou seja, a uma alimentação consciente. Não se trata de nos ajudar a perder peso, mas de ter uma melhor relação com uma alimentação saudável. 

Mas como aplicamos o mindfoodness em nossas vidas? Precisamos de colocar todos os nossos sentidos naquilo que comemos e, para isso, realizar um trabalho cognitivo, emocional e comportamental, adaptando a nossa alimentação ao organismo. Desta forma, iremos comer quando estivermos com fome e iremo-nos deliciar comendo algo de que gostamos muito. 

Com esta técnica identificamos a verdadeira fome que temos, treinamos o autocontrolo e temos mais consciência dos hábitos alimentares que adquirimos, bem como da nossa relação com a comida. 


Os benefícios derivados deste tipo de alimentação consciente são numerosos: 

- Alcançar o bem-estar através da alimentação. 

- Alcançar o equilibrio mental e emocional. 

- Alcançar um corpo e peso saudáveis . 

- Prevenir distúrbios alimentares (obesidade). 

- Ter uma boa relação com a comida. 

- Controlar as quantidades de alimentos que se ingere, reduzindo as chamadas ânsias.

 

Como praticar uma alimentação consciente? 

Esta não é uma tarefa fácil, pois implica uma mudança na relação que temos com os alimentos e, por isso, é recomendável contar com um profissional, como nutricionistas ou psicólogos especializados no assunto.

Mindfoodness é baseado em quatro princípios: 

1. Autoconhecimento em relação à alimentação através de técnicas de trabalho psicológico ou emocional. 

2. Cuidar do corpo graças a uma alimentação equilibrada, saudável e variada. 

3. Sentir uma experiência multissensorial e prazer no ato de comer e beber. 

4. Ajudar a comer por necessidade e a controlar a ingestão em excesso relacionada com causas emocionais, prevenindo assim algumas doenças resultantes da obesidade.

 

Muitas pessoas usam a comida como forma de fugir aos problemas e por isso trata-se aqui de ajudar a gerir bem as emoções evitando assim os excessos alimentares. 

Recomenda-se que nos sentemos à mesa para comer e mastigar os alimentos lentamente, para que se possa diferenciar a fome fisiológica da fome psicológica, reconhecendo quando se está completamente saciado. Trata-se de alimentar a nossa mente, ou seja, prestar atenção ao tipo de alimentação que se escolhe. 


O Mindfoodness ajuda a estabelecer metas em relação à alimentação: 

- Mantendo uma alimentação consciente porque antes existia uma relação diferente com a comida e porque agora se está a cuidar responsavelmente do corpo. 

- Consciência na alimentação saudável: é a chave para a conexão entre corpo e mente, pois supõe um benefício físico, mas também mental. 

- Escolhas saudáveis: devemos selecionar alimentos que nos forneçam tudo o que é necessário para o organismo. 

- Alimentar-se de forma saudável não significa eliminar carboidratos e deixar apenas as proteínas e os vegetais, mas sim criar uma alimentação que inclua tudo o que nosso corpo necessita. 

- Compreender a fome, diferenciando os seguintes tipos: 

fome dos olhos

É sobre os desejos resultantes de se ver alguma comida de que se gosta

fome olfativa

Do cheiro da comida, como um bolo recém-cozinhado. 

fome do estômago

É o que sentimos quando o estômago está vazio. 

fome do corpo

É o que sente depois de se exercitar. 

fome emocional

Ligado a todos os tipos de emoções positivas ou negativas. 

fome mental 

Refere-se ao que se deve ou não comer.


Desta forma, quando temos uma alimentação consciente podemos identificar o tipo de fome e escolher quando comer e quando não comer. 

Continue praticando, como um exercício de meditação: não coma se não estiver com fome, para isso deve-se perguntar a si próprio por que vai comer, se a resposta for que você está entediado, com raiva ou stressado, então não coma mesmo, esteja ciente de quando e o que comer. 

Esteja atento aos seus hábitos alimentares e melhore o seu estilo de vida!  

*Publicado originalmente no site naturhouse.es